Copiloto conta como sobreviveu ao mais mortal acidente da avia��o
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Copiloto conta como sobreviveu ao mais mortal acidente da avia��o
Em mar�o de 1977, dois jumbos se envolveram em um acidente no Aeroporto Los Rodeos, em Tenerife, nas Ilhas Can�rias (Espanha), matando 583 pessoas no mais mortal acidente da hist�ria da avia��o.
Os dois Boeings 747 estavam entre os avi�es desviados por quest�es de seguran�a naquele dia do Aeroporto de Gran Can�ria, na outra ilha do arquip�lago.
Quando a torre de Tenerife liberou os dois jatos para seguir viagem, o mau tempo e problemas de comunica��o fizeram com que o voo 4805 da KLM iniciasse a decolagem e batesse no voo 1736 da Pan Am, que ainda estava na pista.
Nenhum dos 249 passageiros ou tripula��o do voo da KLM sobreviveu. Entre os 378 passageiros e 16 tripulantes no voo da Pan Am, apenas 65 pessoas sobreviveram.
Uma dessas pessoas foi o ent�o copiloto Robert Bragg.
Em entrevista � BBC, Bragg lembra o momento do desastre.
"O nevoeiro chegou e a visibilidade era perto de zero. O capit�o estava manobrando o avi�o a apenas cerca de tr�s n�s (de velocidade). (...) Ele sentiu que era seguro ir", afirmou.
O voo da Pan Am tinha recebido a permiss�o para ir at� o ponto de decolagem da pista. Na �poca, o piloto da Pan Am disse que recebeu a autoriza��o para manobrar na pista principal at� chegar a um entroncamento, onde o choque com Boeing da KLM ocorreu.
"Olhamos e o vimos (o avi�o da KLM) vindo pela pista, na nossa dire��o. Vi suas luzes de pouso chacoalhando (...). Eu n�o conseguia acreditar que ele homem estava decolando."
Segundo relatos da �poca, o Boeing da KLM j� estava a uma velocidade superior a 241 quil�metros por hora.
"Comecei a gritar para sairmos da pista e o capit�o come�ou a virar o avi�o. Olhei para a minha janela, do lado direito, e vi ele decolando da pista. Ent�o eu fechei os olhos, me abaixei e, basicamente, fiz uma ora��o curta na esperan�a que ele n�o nos atingisse", afirmou o ex-copiloto.
Batida seca
No momento da colis�o, Bragg ouviu apenas uma batida seca.
"Quando ele nos atingiu foi uma batida muito curta. Nenhum barulho muito alto, nenhum chacoalh�o forte. Eu pensei, 'gra�as a Deus, ele n�o nos acertou'. Ent�o olhei para cima, para os controles de combate a inc�ndio, e foi quando eu notei que o teto do avi�o n�o estava mais l�", disse.
O primeiro impulso de Bragg foi sair da aeronave o mais r�pido poss�vel.
"Eu pulei para o ch�o, que fica a 40 p�s da cabine (mais de 12 metros) e agradeci a Deus por ter ca�do na grama", disse.
Logo depois de saltar para fora da cabine, Bragg viu um grupo de poucos sobreviventes do acidente.
"Havia cerca de 50 pessoas que j� tinham sa�do e estavam na asa esquerda do avi�o. Comecei a gritar para elas pularem de l�. Uma pobre senhora pulou primeiro e todo o resto pulou em seguida, em cima dela, quebrando as costas, as duas pernas e os dois bra�os dela."
Mas o avi�o da Pan Am ainda estava com combust�vel.
"Depois de cerca de cinco minutos, o tanque de combust�vel central explodiu e a chama chegou a uma altura de 250 p�s (mais de 76 metros) e o avi�o simplesmente se despeda�ou."
"No total apenas 65 (pessoas) sa�ram de nosso avi�o", contou Bragg.
Segundo os relatos da �poca, o avi�o da KLM se incendiou e continuou pela pista, se desintegrando at� que a parte principal da fuselagem parasse, a uma dist�ncia de mais de 800 metros do ponto de impacto.
"Ningu�m sobreviveu no avi�o da KLM", afirmou o ex-copiloto.
Uma investiga��o atribuiu a culpa do acidente ao piloto da KLM, que n�o checou se j� poderia decolar e acelerou pela pista do aeroporto de Tenerife - que estava tomada pelo nevoeiro.
"Desde o primeiro dia eu acreditei que foi culpa do capit�o da KLM (...). Ele simplesmente ignorou todos os procedimentos de cabine quando decidiu fazer a decolagem. Ningu�m nunca vai saber por que ele estava com tanta pressa e decolou daquele jeito."
Os pilotos da Pan Am foram considerados inocentes no acidente, e Bragg continuou pilotando avi�es de passageiros at� se aposentar, em 1997.
http://www.bbc.com/portuguese
Os dois Boeings 747 estavam entre os avi�es desviados por quest�es de seguran�a naquele dia do Aeroporto de Gran Can�ria, na outra ilha do arquip�lago.
Quando a torre de Tenerife liberou os dois jatos para seguir viagem, o mau tempo e problemas de comunica��o fizeram com que o voo 4805 da KLM iniciasse a decolagem e batesse no voo 1736 da Pan Am, que ainda estava na pista.
Nenhum dos 249 passageiros ou tripula��o do voo da KLM sobreviveu. Entre os 378 passageiros e 16 tripulantes no voo da Pan Am, apenas 65 pessoas sobreviveram.
Uma dessas pessoas foi o ent�o copiloto Robert Bragg.
Em entrevista � BBC, Bragg lembra o momento do desastre.
"O nevoeiro chegou e a visibilidade era perto de zero. O capit�o estava manobrando o avi�o a apenas cerca de tr�s n�s (de velocidade). (...) Ele sentiu que era seguro ir", afirmou.
O voo da Pan Am tinha recebido a permiss�o para ir at� o ponto de decolagem da pista. Na �poca, o piloto da Pan Am disse que recebeu a autoriza��o para manobrar na pista principal at� chegar a um entroncamento, onde o choque com Boeing da KLM ocorreu.
"Olhamos e o vimos (o avi�o da KLM) vindo pela pista, na nossa dire��o. Vi suas luzes de pouso chacoalhando (...). Eu n�o conseguia acreditar que ele homem estava decolando."
Segundo relatos da �poca, o Boeing da KLM j� estava a uma velocidade superior a 241 quil�metros por hora.
"Comecei a gritar para sairmos da pista e o capit�o come�ou a virar o avi�o. Olhei para a minha janela, do lado direito, e vi ele decolando da pista. Ent�o eu fechei os olhos, me abaixei e, basicamente, fiz uma ora��o curta na esperan�a que ele n�o nos atingisse", afirmou o ex-copiloto.
Batida seca
No momento da colis�o, Bragg ouviu apenas uma batida seca.
"Quando ele nos atingiu foi uma batida muito curta. Nenhum barulho muito alto, nenhum chacoalh�o forte. Eu pensei, 'gra�as a Deus, ele n�o nos acertou'. Ent�o olhei para cima, para os controles de combate a inc�ndio, e foi quando eu notei que o teto do avi�o n�o estava mais l�", disse.
O primeiro impulso de Bragg foi sair da aeronave o mais r�pido poss�vel.
"Eu pulei para o ch�o, que fica a 40 p�s da cabine (mais de 12 metros) e agradeci a Deus por ter ca�do na grama", disse.
Logo depois de saltar para fora da cabine, Bragg viu um grupo de poucos sobreviventes do acidente.
"Havia cerca de 50 pessoas que j� tinham sa�do e estavam na asa esquerda do avi�o. Comecei a gritar para elas pularem de l�. Uma pobre senhora pulou primeiro e todo o resto pulou em seguida, em cima dela, quebrando as costas, as duas pernas e os dois bra�os dela."
Mas o avi�o da Pan Am ainda estava com combust�vel.
"Depois de cerca de cinco minutos, o tanque de combust�vel central explodiu e a chama chegou a uma altura de 250 p�s (mais de 76 metros) e o avi�o simplesmente se despeda�ou."
"No total apenas 65 (pessoas) sa�ram de nosso avi�o", contou Bragg.
Segundo os relatos da �poca, o avi�o da KLM se incendiou e continuou pela pista, se desintegrando at� que a parte principal da fuselagem parasse, a uma dist�ncia de mais de 800 metros do ponto de impacto.
"Ningu�m sobreviveu no avi�o da KLM", afirmou o ex-copiloto.
Uma investiga��o atribuiu a culpa do acidente ao piloto da KLM, que n�o checou se j� poderia decolar e acelerou pela pista do aeroporto de Tenerife - que estava tomada pelo nevoeiro.
"Desde o primeiro dia eu acreditei que foi culpa do capit�o da KLM (...). Ele simplesmente ignorou todos os procedimentos de cabine quando decidiu fazer a decolagem. Ningu�m nunca vai saber por que ele estava com tanta pressa e decolou daquele jeito."
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Na vida quanto mais voc� vive mais voc� aprende, na avia��o quanto mais voc� aprende mais voc� vive.
jailton- Coronel
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Re: Copiloto conta como sobreviveu ao mais mortal acidente da avia��o
Um dos epis�dios mais tristes da avia��o.
Re: Copiloto conta como sobreviveu ao mais mortal acidente da avia��o
N�o tinha conhecimento deste epis�dio. Que trag�dia!
pedrotrindade- Aspirante
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