[Brasil] FAB suspende decolagens simultâneas no Aeroporto de Brasília
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[Brasil] FAB suspende decolagens simultâneas no Aeroporto de Brasília
FAB suspende decolagens simultâneas no Aeroporto de Brasília
Decisão ocorre após risco de colisão entre aeronaves; foi 2º caso em 9 dias.
FAB apura ação de piloto da Gol; empresa diz que procura esclarecer caso.
A Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu suspender as decolagens simultâneas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, por tempo indeterminado, depois que duas aeronaves quase se chocaram pela segunda vez em nove dias. Os incidentes ocorreram nos dias 23 de fevereiro e 2 de março.
Segundo a Aeronáutica, a suspensão não vai prejudicar a operação dos voos no terminal. A medida tem validade até que a FAB conclua as investigações. Brasília é o aeroporto com maior capacidade de pista do país, com até 60 voos por hora.
Na última quarta-feira, dois aviões comerciais decolavam ao mesmo tempo por volta de 10h. Um veículo era da empresa Avianca, com destino a Goiânia; o outro, da Gol, ia para Palmas.
O voo ONE 6291, da Avianca, decolou na pista da direita e cumpriu o procedimento de subida virando à direita após a decolagem, conforme carta de voo. A companhia disse que está apurando o que houve junto aos órgãos competentes.
A aeronave da Gol, que fazia o voo GLO 1402, decolou da pista da esquerda e deveria seguir reto, mas virou à direita. A carta de saída padrão, documento que todos os pilotos têm e determina as instruções de rota, mostra o que estava previsto para o avião da Gol – o piloto deveria virar para a esquerda apenas quando chegasse ao ponto identificado como "kotvu", a 18,5 km de distância.
A Gol informou que preza pelos mais altos padrões de segurança e que está em contato com as autoridades aeronáuticas para esclarecer o que aconteceu.
A FAB diz que não pode divulgar a conversa dos pilotos com a torre de controle porque o caso está em investigação. Em nota, a Força Aérea afirmou que o controlador de tráfego aéreo percebeu o erro do comandante da Gol e emitiu instruções para que ele corrigisse a rota.
Por telefone, o consultor em aviação civil e professor de ciências aeronáuticas da PUC Georges Ferreira disse que Brasília tem o aeroporto ideal para decolagens simultâneas. Entretanto, falta preparo dos pilotos.
Caso consecutivo
Duas aeronaves quase se chocaram durante a decolagem no Aeroporto Internacional de Brasília em 23 de fevereiro depois que uma delas desobedeceu às instruções do controlador de tráfego aéreo.
Os aviões deixariam simultaneamente o terminal às 7h30, mas em direções diferentes: o de matrícula PR-BSI faria uma curva para a direita logo após deixar o solo, rumo a Guarulhos (São Paulo), mas acabou virando para a esquerda e invadiu a área do veículo da Força Aérea Brasileira. O controlador percebeu a falha e pediu ao piloto da FAB para interromper o procedimento e, em seguida, alterar a rota.
Os diálogos entre o controlador de tráfego aéreo e os pilotos mostram as manobras para evitar a colisão:
Controlador: Força Aérea 85.282, trace uma posição de uma hora. Curve imediatamente agora para o rumo norte, senhor, a fim de evitar que essa aeronave... Interrompa a subida agora.
Controlador: Força Aérea 2582 controle Brasília, interrompa a subida agora. Trace uma correção agora de uma hora, mesma altitude, senhor.
Piloto da FAB: Tô visual, mantendo separação aqui. A aeronave iniciou curva à direita, a saída nossa ficou conflitante com esse tráfego, ok? A saída era prevista, a decolagem da 11 esquerda com ligeiramente curva à direta. Não tem, não tem mais como fazer essa saída aqui com essa aeronave decolando.
Controlador: O senhor está correto, Força Aérea 2582. Bravo-Serra e Índia (PR-BSI), a sua decolagem deveria ter iniciado a curva à direita, 4,1 mil pés. Suba agora para o nível 270
Piloto do PR-BSI: Subindo para o 270 pró-sul.
A Aeronáutica apura o caso. “Desde novembro de 2015, o Aeroporto de Brasília opera com decolagem simultânea, tendo em vista que as pistas são paralelas. No caso em questão, foram autorizadas duas decolagens simultâneas: aeronave de matrícula PR-BSI com destino a Guarulhos decolando da pista direita e a aeronave FAB 2582 decolando da pista esquerda", diz nota da FAB.
"A instrução do perfil de decolagem que foi confirmada pelo piloto da aeronave PR-BSI previa curva imediata à direita após a decolagem (conforme descrito na carta de decolagem). Entretanto, o perfil executado pelo piloto contrariou a instrução recebida e a aeronave teve um deslocamento à esquerda, interferindo na decolagem da aeronave FAB 2582, que cumpria corretamente o seu perfil de decolagem”, afirma o texto.
O órgão afirmou ainda que o controlador de tráfego aéreo “agiu prontamente para evitar maiores problemas”.
Fonte: G1
Decisão ocorre após risco de colisão entre aeronaves; foi 2º caso em 9 dias.
FAB apura ação de piloto da Gol; empresa diz que procura esclarecer caso.
A Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu suspender as decolagens simultâneas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, por tempo indeterminado, depois que duas aeronaves quase se chocaram pela segunda vez em nove dias. Os incidentes ocorreram nos dias 23 de fevereiro e 2 de março.
Segundo a Aeronáutica, a suspensão não vai prejudicar a operação dos voos no terminal. A medida tem validade até que a FAB conclua as investigações. Brasília é o aeroporto com maior capacidade de pista do país, com até 60 voos por hora.
Na última quarta-feira, dois aviões comerciais decolavam ao mesmo tempo por volta de 10h. Um veículo era da empresa Avianca, com destino a Goiânia; o outro, da Gol, ia para Palmas.
O voo ONE 6291, da Avianca, decolou na pista da direita e cumpriu o procedimento de subida virando à direita após a decolagem, conforme carta de voo. A companhia disse que está apurando o que houve junto aos órgãos competentes.
A aeronave da Gol, que fazia o voo GLO 1402, decolou da pista da esquerda e deveria seguir reto, mas virou à direita. A carta de saída padrão, documento que todos os pilotos têm e determina as instruções de rota, mostra o que estava previsto para o avião da Gol – o piloto deveria virar para a esquerda apenas quando chegasse ao ponto identificado como "kotvu", a 18,5 km de distância.
A Gol informou que preza pelos mais altos padrões de segurança e que está em contato com as autoridades aeronáuticas para esclarecer o que aconteceu.
A FAB diz que não pode divulgar a conversa dos pilotos com a torre de controle porque o caso está em investigação. Em nota, a Força Aérea afirmou que o controlador de tráfego aéreo percebeu o erro do comandante da Gol e emitiu instruções para que ele corrigisse a rota.
Por telefone, o consultor em aviação civil e professor de ciências aeronáuticas da PUC Georges Ferreira disse que Brasília tem o aeroporto ideal para decolagens simultâneas. Entretanto, falta preparo dos pilotos.
Caso consecutivo
Duas aeronaves quase se chocaram durante a decolagem no Aeroporto Internacional de Brasília em 23 de fevereiro depois que uma delas desobedeceu às instruções do controlador de tráfego aéreo.
Os aviões deixariam simultaneamente o terminal às 7h30, mas em direções diferentes: o de matrícula PR-BSI faria uma curva para a direita logo após deixar o solo, rumo a Guarulhos (São Paulo), mas acabou virando para a esquerda e invadiu a área do veículo da Força Aérea Brasileira. O controlador percebeu a falha e pediu ao piloto da FAB para interromper o procedimento e, em seguida, alterar a rota.
Os diálogos entre o controlador de tráfego aéreo e os pilotos mostram as manobras para evitar a colisão:
Controlador: Força Aérea 85.282, trace uma posição de uma hora. Curve imediatamente agora para o rumo norte, senhor, a fim de evitar que essa aeronave... Interrompa a subida agora.
Controlador: Força Aérea 2582 controle Brasília, interrompa a subida agora. Trace uma correção agora de uma hora, mesma altitude, senhor.
Piloto da FAB: Tô visual, mantendo separação aqui. A aeronave iniciou curva à direita, a saída nossa ficou conflitante com esse tráfego, ok? A saída era prevista, a decolagem da 11 esquerda com ligeiramente curva à direta. Não tem, não tem mais como fazer essa saída aqui com essa aeronave decolando.
Controlador: O senhor está correto, Força Aérea 2582. Bravo-Serra e Índia (PR-BSI), a sua decolagem deveria ter iniciado a curva à direita, 4,1 mil pés. Suba agora para o nível 270
Piloto do PR-BSI: Subindo para o 270 pró-sul.
A Aeronáutica apura o caso. “Desde novembro de 2015, o Aeroporto de Brasília opera com decolagem simultânea, tendo em vista que as pistas são paralelas. No caso em questão, foram autorizadas duas decolagens simultâneas: aeronave de matrícula PR-BSI com destino a Guarulhos decolando da pista direita e a aeronave FAB 2582 decolando da pista esquerda", diz nota da FAB.
"A instrução do perfil de decolagem que foi confirmada pelo piloto da aeronave PR-BSI previa curva imediata à direita após a decolagem (conforme descrito na carta de decolagem). Entretanto, o perfil executado pelo piloto contrariou a instrução recebida e a aeronave teve um deslocamento à esquerda, interferindo na decolagem da aeronave FAB 2582, que cumpria corretamente o seu perfil de decolagem”, afirma o texto.
O órgão afirmou ainda que o controlador de tráfego aéreo “agiu prontamente para evitar maiores problemas”.
Fonte: G1
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