Saudações "Vaspainas"

Srs.

Segue um video da saudosa Vasp.

https://www.youtube.com/watch?v=M78Fpy_S0WM

  

Saudade do tempo que avião fazia barulho.

Aqui em sampa era um brega atrás do outro...

Passado

Acompanhei a trajetória do meu pai desde o PP-SMX (b737-200 adv). Tive o privilégio de conhecer a fábrica da BOEING e passei por todos os aviões que vieram após o nosso saudoso Breguinha, sempre na cadeira atrás do comandante. Ele se aposentou com 34 anos de VASP já prevendo o que o Canhedo iria fazer com ela. Por isto que quando adolescente eu perguntava porque não iria para a VARIG porque na época dele, para ser piloto tinha que ser militar e a metade da turma se dividiu e ele escolheu a VASP por ser estatal (parecia que estava adivinhando). Antes do Canhedo entrar ele já estava sendo expulso no bom sentido porque a fila tinha que andar ele já tinha 34 anos de VASP e era o número um a muito tempo. Se aposentou com salário integral mas não consegui ser um mortal como nós. Morreu menos de dois anos de aposentado porque voar era a sua vida. Hoje vejo colegas do meu pai já velhinhos que outrora pilotavam MD-11, B747 na VARIG sendo sustentados pelos filhos ou passando necessidades. E o mais interessante desse pequeno relato era a frustração que ele tinha de nunca ter pilotado um B707.

A VASP foi uma grande empresa, porem deram uma injeção letal nela em 01.10.1990... e aí o óbito só ocorreu em 27.01.2005... 15 anos sofrendo

Incrível pensar que as três empresas que vi por todo o país quando era criança não estão mais entre nós... Transbrasil, Varig e Vasp. Em que outro país grande aconteceu isso das 3 maiores empresas irem pras cucuias?

msantana escreveu:Incrível pensar que as três empresas que vi por todo o país quando era criança não estão mais entre nós... Transbrasil, Varig e Vasp. Em que outro país grande aconteceu isso das 3 maiores empresas irem pras cucuias?

O negocio da aviação comercial é difícil de entender. As passagens são caras, os voos sempre lotados nas 24 horas do dia,  funcionários queixando-se de baixos salários, combustíveis subsidiados, e ainda acumulam prejuízos.   

Afinal, quem anda lucrando com isso   

Obrigado Marcos   ,  abraços

xitus escreveu:Acompanhei a trajetória do meu pai desde o PP-SMX (b737-200 adv). Tive o privilégio de conhecer a fábrica da BOEING e passei por todos os aviões que vieram após o nosso saudoso Breguinha, sempre na cadeira atrás do comandante. Ele se aposentou com 34 anos de VASP já prevendo o que o Canhedo iria fazer com ela. Por isto que quando adolescente eu perguntava porque não iria para a VARIG porque na época dele, para ser piloto tinha que ser militar e a metade da turma se dividiu e ele escolheu a VASP por ser estatal (parecia que estava adivinhando). Antes do Canhedo entrar ele já estava sendo expulso no bom sentido porque a fila tinha que andar ele já tinha 34 anos de VASP e era o número um a muito tempo. Se aposentou com salário integral mas não consegui ser um mortal como nós. Morreu menos de dois anos de aposentado porque voar era a sua vida. Hoje vejo colegas do meu pai já velhinhos que outrora pilotavam MD-11, B747 na VARIG sendo sustentados pelos filhos ou passando necessidades. E o mais interessante desse pequeno relato era a frustração que ele tinha de nunca ter pilotado um B707.

Muito bonito seu relato, alem de ter todos os privilégios que contou neste pequeno texto, sem dúvida o maior deles era ter um herói dentro de casa.   

Acertou em cheio: Meu herói. E a cada novo avião, era uma história diferente.
B737-200 ADV = Onde tudo começou e pagaram um preço muito alto pelas quantidades de escalas (pinga-pinga) absurdas que este grande herói fez pela VASP;
B727-200 ADV = Puro sangue, era muito rápido porém não tinha planeio. No pouso era dando motor para pousar macio se não era porrada na certa no pouso;
A300 = Este era uma classe diferente, pousava macio não dava problemas, pena que na configuração comprada não tinha tanque central fazendo fazendo algumas escalas ridículas para abastecimento. Pena que no Brasil este avião só foi utilizado até ao fim pela VASP, a Varig usou por pouco tempo e trocou pelo B767 e a cruzeiro que Brasília não deixou que a VASP comprasse para não competir com a VARIG nas pequenas linhas internacionais ficou com a VARIG e seus B767.
Para quem viveu dentro da VASP tanto fora como dentro dos seus aviões sabe mais com ninguém como estes aviões seguraram uma empresa. Sem falar nos seus mecânicos que para mim eram verdadeiros artífices para mantinham esta frota mais do que desgastada pelo tempo voando.
Abraços VASPEANOS

Inventor escreveu:

msantana escreveu:Incrível pensar que as três empresas que vi por todo o país quando era criança não estão mais entre nós... Transbrasil, Varig e Vasp. Em que outro país grande aconteceu isso das 3 maiores empresas irem pras cucuias?

O negocio da aviação comercial é difícil de entender. As passagens são caras, os voos sempre lotados nas 24 horas do dia,  funcionários queixando-se de baixos salários, combustíveis subsidiados, e ainda acumulam prejuízos.   

Afinal, quem anda lucrando com isso   

Obrigado Marcos   ,  abraços

Nem sempre Inventor, nem sempre o avião está cheio e no contexto atual, nem sempre voo cheio significa lucro! As empresas tem estruturas pesadas (por conta da legislação) e também acabam por ter uma linha super tenue entre o prejuízo e o lucro. Por outro lado, nos anos 70 e 80, é comum lermos sobre acidentes e/ou incidentes onde aviões de 120 paxs estavam com 20 paxs a bordo, 40 paxs... as ocupações eram baixas e isso reverberou para o futuro das empresas tradicionais.

O Brasil tem suas particularidades tributárias e "sacanárias" de forma que ter empresa aérea aqui é uma grande aventura e esse ciclo ficará...