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Mensagem por Amilckar Qua 07 Jul 2010, 12:47

Operação Tracajá III: Exercício militar nos céus do Maranhão





[Brasil] Operação Tracajá III I1075162455178041A intensa movimentação de tropas e aeronaves deixou curiosa a população de Imperatriz (MA). Entre os dias 23 e 30 de junho, os aviões do Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), sediado em Belém (PA), iniciaram as missões na “Operação Tracajá III”, que deflagrou uma guerra simulada com 85 militares e cinco aeronaves (dois C-95 Bandeirante, dois C-98 Caravan e um C-97 Brasília) com o objetivo de preparar pilotos, mecânicos e aeronavegantes para cumprirem missões de transporte aéreo logístico e de transporte aéreo em ambiente hostil.
Com o objetivo de inserir o exercício militar em um cenário mais próximo de uma situação de emprego real, foi ativada a Força Aérea 211 para comandar um combate simulado entre países inimigos, cuja função do 1º ETA era exercer missões de infiltração e exfiltração aérea, ressuprimento aéreo de tropas, ligação de Comando, observação, apoio e evacuação aeromédica além das linhas inimigas.

Para cumprirem estas missões, foram realizados treinamentos reais de tráfego “Race Track” com lançamento de bordo (LB); navegação a baixa altura (NBA) com lançamento de bordo na hora sobre o objetivo (HSO) individual e em formação tática; voo em formação empregando formatura cerrada; pouso noturno com balizamento tático de emergência; instrução de pouso em pista não preparada; missões de manutenção operacional e de formação e readaptação de pilotos nas aeronaves C-95 Bandeirante e C-97 Brasília.
[Brasil] Operação Tracajá III I1075162455112265O Comandante do 1º ETA, Tenente-Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto, explica que este exercício visa capacitar a Força Aérea para o cumprimento de sua missão constitucional de defesa do país, promovendo o aperfeiçoamento operacional e o preparo do efetivo para o pronto-emprego, contribuindo sobremaneira para o progresso coletivo dos militares do Esquadrão, que tem a oportunidade de realizarem treinamento real de simulação de guerra.
“A Operação Tracajá III consiste, basicamente, em missões de voo em formação e de circuitos de navegação a baixa altura com desvios de rota de forma a evitar o raio de alcance de baterias antiaéreas identificadas, com lançamento de cargas com pára-quedas ao final da navegação para simular o ressuprimento aéreo de tropas terrestres além das linhas inimigas, devendo, após o lançamento, evadir de forma rápida para buscar a cobertura do terreno. Destarte, o objetivo é preparar o efetivo com instruções e exercícios práticos no ar e no solo para manter o alto grau de operacionalidade de todos os militares envolvidos nas missões de transporte, sejam eles pilotos, mecânicos, comissários etc.”, esclarece.
[Brasil] Operação Tracajá III I107516245489917Além de todo o ganho operacional nas missões de voo propriamente ditas e de manutenção das aeronaves para que funcionem em perfeito estado e possam estar disponíveis quando for necessário, manobras deste tipo também habilitam o Esquadrão para operar fora de sede, treinando toda a sua capacidade de mobilização, montagem de infraestrutura, coordenação e desmobilização. “Operar em outra cidade possibilita aperfeiçoar os procedimentos de confecção e tramitação segura de documentos, ordens e relatórios, essenciais para o sistema de Comando e Controle exercido pelo Estado-Maior do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR) – unidade militar a qual o 1º ETA está subordinado –, que, de sua sede em Belém, planejou a condução das operações aéreas e o enlace dos dados de comunicação, assegurando o fluxo seguro de informações, fundamentais para a condução e manutenção do combate”, explicou o Chefe do Estado-Maior do I COMAR, Coronel Aviador Carlos Edir de Almeida Sobreira.
O 1º Tenente Aviador César Duarte Ramalheiro Júnior confessa que aguardava ansiosamente o início da operação, pois é nela que os pilotos podem vivenciar na realidade o clima de um combate. “Quando estamos em sede, buscamos sempre treinar com o pensamento de nos prepararmos para uma situação de conflito. Mas quando estamos em manobra, num clima totalmente diferente, isso se torna mais real. A interação entre todos os militares acontece naturalmente. Quando estamos na aeronave para lançar algum fardo, por exemplo, deve haver a sintonia total entre os cinco tripulantes para que a carga seja lançada no ponto certo e no momento exato. Enquanto um piloto fica responsável pela condução do avião, o outro calcula o tempo, o navegador vetora o avião para aproximar do alvo, um mecânico monitora os equipamentos de segurança e outro executa o lançamento.
Esta sincronia só é possível com muito treinamento. E isso é facilitado quando operamos fora de sede, onde há maior integração entre todos os militares e suas funções, sejam elas no solo ou no ar”, argumenta.
[Brasil] Operação Tracajá III I107516245456492O 2º Sargento de Manutenção Marlos Auderi Silva Bispo, responsável por lançar as cargas do avião, função conhecida como interfone, explica que são apelidados de “chutadores” por terem de fazer o gol, acertando a carga no alvo. Segundo Bispo, para ser chutador é necessário fazer um curso de sete dias para aprender aspectos teóricos e práticos da legislação que trata do tema, como posicionamento dentro da aeronave, regras de segurança, fraseologia e códigos de comunicação entre tripulantes. “Muitos pensam que ficar na porta do avião e lançar a carga é muito fácil, não exigindo pouco mais do que coragem. Mas na realidade é uma tarefa bem complicada. O mais difícil nesta função é adequar o momento exato da ordem do navegador e o tempo de saída da carga. Cada segundo de atraso pode representar um erro de 60 a 100 metros do alvo em função da velocidade do avião e do tipo de pára-quedas. Para podermos assumir esta missão, somos obrigados a realizar 23 lançamentos para sermos credenciados. Nesta operação, três mecânicos aumentaram seu número de “chutes” e cinco foram readaptados, realizando excelentes “chutes” com grande margem de sucesso”, comemora.
Nos sete dias de missão foram lançados 6.900 quilos de carga, foram realizados 12 voos de navegação à baixa altura, dez pousos de assalto em pista curta não preparada, 16 pousos noturno com balizamento tático de emergência, 13 voos de formatura, nove adaptações e readaptações em voo noturno e seis voos locais com crianças carentes do projeto Bombeiros Mirins.
Imperatriz

A escolha da cidade de Imperatriz se deu pelas excelentes condições que reúne para o exercício militar. Além de estar situada numa área estratégica onde a FAB instalou uma Unidade de Vigilância do SIVAM, de fundamental importância para o efetivo controle e vigilância do espaço aéreo brasileiro; a proximidade de Belém; o baixo movimento no aeroporto, que possibilita a economia de combustível pela rápida autorização de pousos e decolagens; o clima quente e seco; o apoio I COMAR e do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), por meio do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Imperatriz (DTCEA-IZ); da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA); da Base Aérea de Belém (BABE); do Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão; da Prefeitura e de toda a população, a fizeram com que a cidade fosse escolhida pela terceira vez, repetindo o sucesso absoluto que a consagrara em 2007, quando se iniciou a operação.
Fonte: I COMAR
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