EgyptAir 990

O 767 decolou de madrugada do aeroporto Kennedy em Nova York, rumo ao Cairo, num longo vôo sem escalas. Aproximadamente 45 minutos após a decolagem, a aeronave perdeu contato com o centro que a monitorava. Uma busca foi lançada ainda de madrugada, mas somente com o raiar do sol é que se avistaram os destroços. Não houve sobreviventes entre os 217 ocupantes. O Cockpit Voice Recorder foi encontrado no fundo do mar e, uma vez aberto, revelou um diálogo confuso e tenso na cabine. O co-piloto, sozinho na cabine, começa a rezar em egípcio, no momento em que o 767 inicia seu mergulho. O comandante do aparelho, voltando à cabine, indaga em tom desesperado o que está acontecendo, mas o co-piloto não responde.

O avião recupera parte da altura que perdera no mergulho. em seguida, inexplicavelmente os motores são desligados e o Boeing mergulha novamente, desta vez sem recuperação. Os fragmentos do 767, retirados do fundo do mar, e o Flight Data Recorder, indicam que os comandos do 767 foram solicitados simultaneamente em dois movimentos antagônicos: o comando do co-piloto mantinha o nariz em picada, enquanto o comandante tentava cabrar o avião, tirando-o de seu mergulho. O NTSB, orgão americano que estuda todos os tipos de acidentes envolvendo veículos de transporte, logo divulgou o conteúdo do CVR e FDR, dando a entender que o que aconteceu foi um suicídio do co-piloto. A Egyptair nega veementemente essa afirmação. A empresa considera que houve falha nos profundores do 767, e que o co-piloto estaria rezando em função da gravidade da situação.