[Brasil] Médico atende passageiro e cobra da TAM

"Se houver algum médico a bordo, por favor queira identificar-se a um dos comissários, a fim de prestar atendimento a um passageiro que está passando mal" - Mensagem de uma aeromoça da Tam, pelo sistema de som da aeronave, num voo do Rio a Nova Iorque.


Foi mantida pelo TJ do Rio de Janeiro a sentença, da 30ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que julgou improcedente a ação movida pelo médico Arnaldo Libman contra a Tam Linhas Aéreas. O renomado reumatologista prestou assistência médica a um passageiro que se sentiu mal durante um voo do Rio a Nova Iorque e entendeu que a companhia aérea deveria pagar pelo serviço.


Ante o chamamento feito pelas comissárias, o profissional da Medicina apresentou-se, atuou a contento, o passageiro se recuperou e a viagem retomou a normalidade.


Logo ao desembarcar no aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, o médico Libman foi ao balcão da Tam cobrar o que entendia ser o "devido valor". Foi informado, na hora, que não é costume ressarcir médicos pelos atendimentos feitos a bordo - e que, se fosse o caso, os honorários deveriam ser pagos pelo paciente. Em seguida, o médico recebeu cumprimentos e agradecimentos pela sua maneira de agir.


Inconformado, logo após retornar ao Brasil o médico ingressou com ação de cobrança, sustentando que o ocorrido atrapalhou suas férias, "transformando momentos de descanso em um pesadelo".


A Tam contestou dizendo que "tudo não passou de uma emergência" e que ela, como transportadora, "não possui nenhum compromisso financeiro com Libman".


O juiz entendeu que se tratava de uma situação fora do normal, uma vez que o avião não estava em terra firme e que as aeromoças que solicitaram o atendimento ao passageiro que se sentia mal, não tinham outras alternativas, a não ser pedir ajuda a algum passageiro que tivesse conhecimentos médicos para impedir que um mal maior ocorresse ao viajante necessitado.


O pedido de pagamento foi improcedente, sendo o médico condenado nas despesas processuais e honorários de R$ 1.000,00. Insatisfeito, ele recorreu.


A relatora, desembargadora Marcia Ferreira Alvarenga, da 17ª Câmara Cível do TJ-RJ, foi direta em seu julgamento. A magistrada lembrou que além do Código de Ética Médica, que estabelece que "é dever do médico atender pacientes em caso de urgência", o Código Penal, em seu artigo 135, trata do crime de omissão de socorro.


O voto ressalta também que "o cotidiano de um profissional da Medicina está intimamente ligado a urgências e emergências, não sendo razoável a alegação do autor". Sendo assim, foi mantida a decisão.


Atuaram em nome da Tam as advogadas Denise Leal Santos e Adrienne Arantes de Assis Martins. A decisão é definitiva. (Proc. nº 0210018-79.2009.8.19.0001)


Fonte: Aviation News / via Blog Direto da Pista

Acho que o médico fez um juramento no dia da formatura

Para reflexão... ele começa assim:

Esse fez figa com os dedos na hora do juramento.
Será que se fosse um parente ele agiria da mesma forma?
Agora a alegação dele é demais: tornou as férias um pesadelo

Mesmo assim não foi mauzinho de todo .Imaginem ele pedir para ser pago logo na hora antes de socorrer o passageiro?

A ganância de algumas pessoas chega ao ponto do ridículo.

Realmente é vergonhosa a atitude desse médico.
Ainda teve que pagar mil reais para aprender a não ser ganancioso. Gostei.

Infeliz...espero que passe mal no próximo vôo e não tenha médico para atender...

Meus caros amigos,

Eu já fui chamado a atender um passageiro passando mal em pleno vôo e sinto ter que informá-los que não havia a menor condição de cuidar do pobre paciente. Não havia sequer um kit de primeiros socorros, o que dizer de um desfibrilador. Posso imaginar o que o tal "ganancioso" passou lá em cima com o paciente. Eu sou contra cobrar de pessoas em tais situações de urgência. Nunca o fiz e nunca farei. Porém, ser chamado a exercer como médico em um ambiente completamente desprovido de meios para o mais elementar dos tratamentos me parece um pouco de cinismo.
Abraço a todos.

Com meios ou sem meios alguém tem que tentar ajudar, e ele era o mais habilitado para isso. Não vejo onde está o cinismo. Cinismo da parte de quem?
Pela sua resposta (e porque colocou ganancioso entre aspas) deduzo que acha bem que um médico famoso e rico precise de cobrar uns trocados para tentar ajudar uma pessoa durante um voo (e que não é mais que a sua obrigação). Ou entendi mal?

Quando a gente acha que ja viu de tudo sempre acaba aparecendo algum infeliz pra nos surpreender.

Infelizmente você entendeu mal minha resposta. Não pretendo levar avante este tipo de discussão. Até mais.

Meios é o de menos qdo se quer salvar uma vida.
Vces se lembram de um voo em que um médico a bordo salvou a vida de um passageiro fazendo traqueostomia utilizando uma caneta?
Esse sim!!!

eu conheço um ditado para esse médico

"aqui se faz, aqui se paga"

O mundo dá voltas.
A vez dele vai chegar.

Fernando Coelho escreveu:Meus caros amigos,

Eu já fui chamado a atender um passageiro passando mal em pleno vôo e sinto ter que informá-los que não havia a menor condição de cuidar do pobre paciente. Não havia sequer um kit de primeiros socorros, o que dizer de um desfibrilador. Posso imaginar o que o tal "ganancioso" passou lá em cima com o paciente. Eu sou contra cobrar de pessoas em tais situações de urgência. Nunca o fiz e nunca farei. Porém, ser chamado a exercer como médico em um ambiente completamente desprovido de meios para o mais elementar dos tratamentos me parece um pouco de cinismo.
Abraço a todos.

É lógico que os aviões não estão preparados com bloco cirúrgico nem unidade de cuidados intensivos.
Todas as pessoas sabem que quando se viaja de avião e se sentirem mal,é lógico pedir ajuda para um professional de saúde,que esteja viajando no momento.
Exercer como médico numa situação dessas,é não mais do que estar a ajudar um ser humano que não tem hipóteses de sair para procurar hospital ou centro de saúde.Mesmo sem condições a bordo,pelo menos fica com a conciência de ter tentado salvar uma vida.
Ao escrever uma coisa dessas, já deveria de estar á espera de bastantes comentários não é?

Acho que não entenderam...

Só uma questão,... será que essas empresas, pelos menos os voos mais longos, não poderiam estar equipadas com uma "bolsa" ao menos de 1º socorros, ter uma "área" dentro do avião que realmente pudesse comportar uma espécie de "cama" (um minusculo espaço de 2 filas de poltronas) aliás, acho que na verdade as empresas ultimamente só pensam em lucrar.... e fazer uma traqueostomia com uma "caneta" é bom? salva de um mal e morre de infecção..e de quem é a culpa depois...


O Meu amigo fernando coelho, me contou este caso, que ele foi chamado dentro do voo, aliás não tinha nem um Band-aid a bordo, uma pessoa tendo um princípio de infarto, chamando um médico a bordo para que?? realmente o médico fica incapacitado de fazer algo, somente dar o acolhimento verbal.. (passar a mão na cabeça para o tranquilizar)...

Não acho a atitude de se cobrar por isso, realmente é lamentável... como também é lamentável as empresas não se preocuparem com esta questão...

ABrs.

Good Fly! (e não passem mal em nenhum voo..pq a morte é quase inevitável)..