[Internacional] Arábia Saudita deve abrir seu espaço aéreo para Israel, no caso de ataque ao Irã

Arábia Saudita deve abrir seu espaço aéreo para Israel, no caso de ataque ao Irã

Os sauditas concordam em permitir que caças israelenses usem o seu espaço aéreo para atacar o Irã. O acordo, entretanto, é condicionado à obtenção de progressos consistentes nas negociações de paz entre Israel e os palestinos.

Usando o espaço aéreo saudita, a Força Aérea de Israel (Israeli Air Force – IAF) poderia atacar Teerã a uma distância menor, sem ter de voar ao redor do Golfo Pérsico.




Os prováveis alvos, no Irã, estão a uma distância de cerca de 2.250 km de Israel, o que dificulta, bastante, a operação,  mesmo com reabastecimento aéreo. Um corredor aberto pelo norte da Arábia Saudita iria encurtar significativamente a distância.




Embora Jerusalém e Riad não tenham relações diplomáticas, os serviços de inteligência dos dois países tem cooperado ativamente com a troca de informações a respeito do programa nuclear iraniano, que Teerã insiste consistentemente que o mesmo está sendo desenvolvido exclusivamente para fins pacíficos. Outros Estados Árabes, incluindo o Egito, Qatar e os Emirados Árabes Unidos, também expressaram preocupações a respeito do assunto.

Os Estados Árabes em questão afirmam que, por conta das atuais negociações conduzidas pelo grupo P5 + 1, (EUA, Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha), ao Irã pode ser permitida a manutenção de suas tecnologias na área nuclear, ainda que, declaradamente, em menor escala que a atual, o que estimularia outros países da região a desenvolver tecnologias semelhantes para se contrapor a essa ameaça.



Israel e Arábia Saudita tem defendido que o  colapso das negociações com o Irã é preferível a um mau negócio nuclear. Os EUA defendem a tese de que todos os esforços diplomáticos devem ser esgotados antes que uma solução militar seja adotada. Enquanto isso, o Irã ganha tempo.

Os ânimos na região ficaram mais agitados com a recente disposição russa em fornecer sistemas avançados de defesa antiaérea aos iranianos, contrariando a resolução 1929 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ratificada pela própria Rússia em 22 de setembro de 2010.
 
Fonte: The Times of Israel, The Jerusalem Post, TASS
Via: Cavok